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Covid-19: quais os impactos, as medidas e as perspectivas para o futuro do mercado imobiliário

Entenda como a pandemia do novo coronavírus afetou o mercado imobiliário e a construção civil. Saiba também quais medidas estão sendo tomadas para diminuir os impactos e o que se espera para o pós-pandemia.


Com a disseminação da covid-19 ao redor do mundo, e a declaração de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o impacto econômico foi inevitável. A necessidade de isolamento social, já que a doença não tem remédios com eficácia comprovada e nem vacina, fez a economia do Brasil, bem como do resto do mundo, levar um tombo que há muito tempo não se via.

Ainda é difícil mensurar o tamanho da crise econômica causada pelo novo coronavírus, pois ainda não se sabe ao certo quando a disseminação do vírus estará controlada e as atividades econômicas poderão retornar ao normal. O relatório FOCUS, divulgado pelo Banco Central do Brasil, que mostra as expectativas do mercado, aponta que o Produto Interno Brasileiro (PIB) deve cair cerca de 3,70% em 2020.

No mercado imobiliário, bem como na construção civil, não deve ser diferente. Em muitos estados, os governos determinaram o fechamento de todas as atividades não essenciais, que inclui construtoras, incorporadoras, imobiliárias e todas as demais atividades correlacionadas. Mesmo com a liberação dessas atividades, o ritmo de trabalho está longe do normal.


A expectativa de incorporadoras e imobiliárias é que o segmento de clientes de média renda seja muito afetado pela crise do covid-19, sobretudo com a perda de emprego e renda. Por outro lado, há uma expectativa de crescimento na compra de imóveis por investidores, já que, diante da volatilidade de outros investimentos, como a bolsa de valores, os imóveis figuram como investimentos seguros e com boa rentabilidade.

Um estudo do Grupo ZAP, no entanto, demonstra o que é a visão da maioria do mercado: muitas pessoas vão adiar a compra de imóveis, mas não deixarão de fazê-la. Ou seja, a pandemia apenas vai adiar a compra de um imóvel, mas não vai fazer os clientes desistirem da compra. Segundo o estudo, 36% dos entrevistados vão adiar a compra por seis meses, enquanto 22% irá adiar por um ano.

Diante de uma doença em que o melhor remédio disponível é evitar o contato entre pessoas, as incorporadoras e imobiliárias estão se adaptando para continuar a manter as atividades. Atendimentos on-line estão sendo cada vez mais utilizados, mas outras ferramentas, que já vinham sendo utilizadas, ainda que de forma muito tímida, tiveram um crescimento considerável. Uma delas é o lançamento virtual de novos empreendimentos, ao invés dos tradicionais eventos presenciais, os quais são impossíveis de serem realizados devido a aglomeração de pessoas. Outra ferramenta é o tour virtual no imóvel, de modo a evitar que o cliente saia de casa para conhecer o imóvel.

Ainda que o mercado tenha se adaptado a novas formas de atender seus clientes e divulgar seus produtos, a redução de vendas será forte e, assim, outras medidas precisam ser tomadas para atenuar os impactos. Nesse sentido, bancos e o Governo Federal anunciaram medidas para reduzir os efeitos da crise. O Governo adotou medidas para flexibilização do contrato de trabalho. Os bancos, por sua vez, anunciaram corte de juros, carência no pagamento da primeira parcela de novos financiamentos, paralisação do pagamento dos financiamentos em andamento, renegociação de dívidas, além de outras medidas administrativas.

Outras instituições também lançaram ações, tal como o “Vem Morar”, que é um programa de descontos nos imóveis ou no pagamento da taxa de condomínio. Esse programa é uma iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC). Várias incorporadoras já anunciaram adesão ao programa.

Todas essas ações têm como objetivo minimizar os impactos da pandemia da covid-19. De certa forma, estão surtindo efeito. Muitas incorporadoras estão registrando vendas no período. Ainda que o volume de vendas é menor, as medidas adotadas têm ajudado a reduzir a queda no volume de vendas, o que já é considerado um ótimo começo, dado a gravidade da crise.

E como ficará o mercado no pós-pandemia? Embora seja difícil dizer quando a pandemia irá terminar, há um consenso que o pós-pandemia trará mudanças no mercado imobiliário. E essas mudanças tendem a ser disruptivas, ou seja, vão mudar a estrutura do mercado para sempre. Assim como os aplicativos de transporte mudaram para sempre a forma que nos locomovemos, ou assim como as empresas de streaming de conteúdo para TV mudou para sempre nossa forma de assistir televisão, a covid-19 mudará para sempre o comportamento do cliente, seja na hora da compra do imóvel ou seja em quais necessidades o imóvel terá que atender.

Assim, temas como home office, compras on-line, delivery de compras, internet of things (IoT), dentre outros tantos, passarão a compor o desenvolvimento dos projetos dos novos imóveis, pois passarão a ter importância na escolha do imóvel. Os profissionais que desenvolvem novos produtos imobiliários terão que estar atentos ao novo perfil de consumidor que irá surgir no pós-covid-19.

Por fim, pelo lado econômico, quando tudo isso passar, a expectativa geral é que o ritmo de crescimento do mercado, que era esperado para esse ano, possa a ser restabelecido. Ou seja, é esperado que o mercado volte a sua trajetória de crescimento. A grande questão, por hora, é por quanto tempo viveremos nessa situação e como sobreviver a esse período e estar pronto para quando tudo isso passar.

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