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Perspectivas para o mercado imobiliário em 2018

Atualizado: 9 de jan. de 2019

Após anos difíceis para o mercado imobiliário, 2018 começa com várias expectativas. Além dos indicadores econômicos favoráveis, espera-se que esse ano seja melhor do que o anterior.

Não tem sido fácil a vida de quem depende do mercado imobiliário, seja para construtoras e/ou incorporadoras, imobiliárias ou para profissionais como engenheiros, arquitetos, dentre outros, desde 2014, quando os primeiros sinais de desaquecimento do setor deram as caras.


Desde então, vimos uma forte crise atingir a economia e a política brasileira. As grandes empreiteiras, implicadas em escândalos de corrupção, ruíram e abalaram o setor de grandes obras de infraestrutura. Os bancos, diante da alta da inflação e inadimplência, aumentaram os juros e reduziram os créditos disponibilizados ao mercado que atingiu, por sua vez, a construção civil e, por consequência, o mercado imobiliário.


Como consequências, estoque em alta, retração no lançamento de novos imóveis no mercado e, sem dúvida, muitas demissões. Como ensina a lei da oferta e da demanda, com oferta em alta, o preço cai. E foi justamente isso que se observou, uma queda gradativa dos preços dos imóveis ao longo de 2015, 2016 e 2017.

Pois bem. Iniciado o novo ano, o que devemos esperar do mercado imobiliário em 2018? Do ponto de vista da macroeconomia, a inflação está muito baixa, menor inclusive do que a meta do Banco Central. A taxa de juros SELIC foi drasticamente reduzida. Esses indicadores são sinais de que economia tem condições de melhorar. Contudo, em ano de eleição presidencial muito aberta, a instabilidade política segura o crescimento da economia.


O ano de 2017, terminou com uma ligeira mudança em alguns indicadores. Houve um aumento no número de unidades vendidas no segundo semestre no ano, em comparação com o mesmo período de 2016. Por outro lado, não foi verificado um aumento no número de unidades disponibilizadas no mercado, ou seja, não houve novos lançamentos. Isso indica cautela por parte das construtoras e/ou incorporadoras e queda na oferta que, por consequência, gera aumento no valor dos imóveis.


Um fator importante para a retomada do setor é a disponibilidade de crédito. Os números do final de 2017 ainda se mostravam tímidos, mas há a expectativa de mudança de cenário em 2018. A Caixa Econômica Federal, que detém cerca de 70% do valor emprestado no mercado imobiliário brasileiro, teve sérias dificuldades de emprestar dinheiro em 2017. Isso porque, pelos acordos bancários, os bancos devem respeitar um limite de empréstimo, que varia em função do seu capital social. Como a Caixa é um banco público, o seu lucro anual, que deveria ser direcionado ao seu capital social para possibilitar aumento no crédito, é destinado para fechar as contas do Tesouro Nacional. Para solucionar o problema, o Governo Federal propôs uma injeção de R$ 15 bilhões do FGTS na Caixa, para aumentar o limite de recursos que o banco pode emprestar.


A julgar pelos melhores índices econômicos, pelo aporte do Governo Federal na Caixa, espera-se que 2018 seja um ano de uma retomada, ainda que lenta e gradual, do mercado imobiliário. Talvez não sejam observados grandes resultados, até porque a eleição presidencial de outubro terá forte influência sobre os rumos da economia, mas ao final deste ano, poderemos concluir que este foi um ano melhor que os anteriores.

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