Nos dias 04 e 05 de setembro foi realizada em Florianópolis/SC a sexta edição do maior evento de gestão e tecnologia da construção civil, o Construsummit. Foram mais de 2.000 inscritos que tiveram a oportunidade de ouvir os maiores nomes da indústria da construção, além de realizar muito networking. E a GN esteve presente!
Entre as diversas palestras, cases e painéis, foram apresentados os principais temas que permeiam o mercado imobiliário e a construção civil. Em geral, três temas dominaram o evento: o uso da tecnologia na gestão da construção civil, a escassez de mão-de-obra e a reforma tributária.
Do primeiro tema, destacou-se a necessidade do uso de tecnologias que promovam o aumento da eficiência na gestão de empreendimentos imobiliários, desde a aquisição do terreno até a entrega das chaves, bem como durante todo o processo de construção. Sistemas de gestão, planejamento, orçamento e a metodologia BIM foram destacadas como importantes, porém nada foi mais citado que a Inteligência Artificial. O uso da IA, sobretudo em diferentes tarefas operacionais, foi muito citado como fundamental para um aumento de eficiência na construção civil.
O outro assunto muito comentado foi a escassez de mão-de-obra e os impactos que pode causar nos empreendimentos imobiliários. O cenário é que a idade média dos trabalhadores no canteiro de obras tem aumentado e verifica-se que a quantidade de jovens que ingressam nesse ramo não está acompanhando a quantidade daqueles que se aposentam. Assim, é possível verificar uma queda na mão-de-obra disponível. Com menos profissionais no mercado, os salários pagos tendem a aumentar, pois é uma das formas dos construtores de garantir a permanência dos trabalhadores.
O aumento de custo da mão-de-obra pressiona o mercado da construção a adotar medidas para mitigar o seu efeito sobre o orçamento da obra. Uma das medidas é a busca pela industrialização dos processos produtivos, ou seja, adotando métodos construtivos mais eficientes e que dependam menos da mão-de-obra. Aqui, novamente, voltamos ao tópico mencionado anteriormente, a tecnologia que também será fundamental para contrapor a escassez de mão-de-obra.
Por fim, outro tema bastante comentado no evento é a Reforma Tributária. Prevista para entrar em vigor a partir de 01/07/2027, a reforma terá um impacto profundo no setor da construção civil. Não só pela alíquota que passará ser paga, a qual ainda não tem nenhuma previsão de valor, mas a forma de calcular o recolher os novos impostos instituídos. O que se sabe é que sairá de cena o Regime Especial de Tributação (RET), tradicionalmente calculado sobre o faturamento das incorporadoras, e entrarão o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Como a reforma instituiu a não cumulatividade de impostos, a forma de apuração do IBS e CBS dependerá de uma metodologia a ser criada pelo governo e, independentemente como for, é a grande novidade para o setor.
O evento ainda contou com informações da Caixa Econômica Federal sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida, exposição de diversas empresas da área da tecnologia e cases de sucesso do mercado imobiliário e construção civil. Foram dois dias intensos de aprendizados, atualizações e muita informação sobre o setor.
Abaixo, algumas fotos do evento:
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